segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Com a colaboração da Ciranda.org, Infância na mídia ...

 
 
Estado tem redes municipais no topo do ranking, com avaliações próximas a 8, e outras que não atingem 4
 
Cerca de 30% das redes municipais de educação do Paraná regrediram no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) quando comparados aos desempenhos das edições de 2009 e 2011. A discrepância da qualidade da educação entre as redes municipais faz com que o Paraná tenha representantes no topo do ranking nacional, com desempenhos próximos de oito, enquanto outros não chegam à média quatro. Dos 383 municípios avaliados em 2009 e 2011, 239 melhoraram o índice, 112 pioraram e 32 não tiveram variação. O resultado indica que, em grande parte das cidades que regrediram no índice, o abandono escolar e as reprovações foram os responsáveis por puxar a média para baixo. 
[Gazeta do Povo - Vida e Cidadania, p.4 - Jônatas Dias Lima - 06/09/12]
 
 
Quatro jovens afirmam ao Ministério Público que sofreram agressões físicas e emocionais
 
O Ministério Público investiga uma denúncia de tortura ocorrida dentro da carceragem da Delegacia de Castro, nos Campos Gerais. Quatro adolescentes de 13, 14, 15 e 17 anos afirmaram que foram vítimas de agressões físicas e emocionais praticadas por policiais. O delegado Matheus Araújo Loiola, responsável pela delegacia de Castro, afirmou que as denúncias não têm fundamento e garantiu que não houve agressão na carceragem. Os adolescentes passarão por exame de corpo de delito e devem ser ouvidos novamente pelo Ministério Público.
[Jornal da Manhã - Cotidiano, p.6A - Michael Ferreira - 04/09/12]
 
 
Megaevento tende a aumentar o número de mulheres, crianças e adolescentes explorados pelo "pornoturismo"
 
A reportagem da Gazeta do Povo sobre o turismo sexual percorreu a costa brasileira, passando por Rio de Janeiro, Recife, Natal, Salvador e Fortaleza, cidades-sede da Copa do Mundo 2014 onde crianças e adolescentes estão mais vulneráveis a essa vertente do turismo. Em época de megaeventos, as redes de exploração sexual e de tráfico de seres humanos tendem a se organizar para recrutar mulheres, crianças e adolescentes em número suficiente para atender a demanda que cresce com a vinda dos turistas. O Brasil é um destino barato para quem perpetua essa prática e, às vezes, há cumplicidade por ação direta ou omissão entre os predadores sexuais e agências de viagens, hotéis, bares e restaurantes. Quando o investimento na Copa do Mundo é comparado com a quantia destinada pelos municípios à prevenção e combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, a diferença mais gritante é encontrada no Rio de Janeiro: a cidade recebeu e gastou R$3,8 bilhões com a Copa, ao passo que os investimentos na infância foram de R$6,7 milhões em 2011 e R$4,8 milhões em 2012.
[Gazeta do Povo - Vida e Cidadania, p.6 - Mauri König - 02/09/12]
 
 
Entre a população adolescente, mulheres são maioria
 
Os últimos anos vêm apresentando uma mudança no perfil da população infectada pelo HIV. Em 1989, o Ministério da Saúde registrou seis casos de Aids em homens para um caso em mulheres. Em 2010, essa proporção passou de 1,7 caso masculino para um feminino. Quanto à forma de transmissão entre os maiores de 13 anos, prevalece a sexual. Nas mulheres, 83,1% dos casos de 2010 decorreram de relações heterossexuais. Entre os homens, 42,4% se deram por relações heterossexuais, 22% por relações homossexuais e 7,7% por bissexuais. Na população adolescente infectada, as mulheres são maioria. Diretora executiva do Instituto Kaplan, que trabalha com educação sexual, Maria Helena Vilela afirma que, como a doença leva quase 10 anos para se manifestar, é raro um jovem se deparar com outro infectado, criando a ilusão de que o risco não é concreto. Maria Helena também pontua que os jovens tendem a se preocupar mais com a gravidez do que com o a Aids. 
[Folha de Londrina - Reportagem, p.9 - Silvana Leão - 02/09/12]
 
 
Superlotação e número reduzido de educadores agravam a situação dos Centros de Socioeducação
 
De janeiro de 2011 até agosto de 2012, sete adolescentes morreram sob custódia do governo do Paraná dentro dos Centos de Socioeducação (Cense) do estado. As mortes ocorreram em Pato Branco, Piraquara, Maringá, Laranjeiras do Sul e Ponta Grossa. Especialistas, promotores e juízes indicam que a extinção da Secretaria da Criança e da Juventude, a superlotação dos Censes e o reduzido número de educadores são as principais falhas do atendimento socioeducativo do Paraná. Juízes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) visitaram 18 Censes e 16 Varas da Infância e da Juventude do estado e apontaram irregularidades, dentre elas a distância entre as cidades de origem e o Centro para onde alguns adolescentes são levados e o tempo excessivo de permanência nos alojamentos. A contratação de 441 educadores em regime temporário e de caráter emergencial é vista com ressalvas por órgãos ligados à proteção da infância e da adolescência. A falta de capacitação é a principal queixa. O Governo do Paraná não divulgou como será o treinamento dos contratados. 
[Gazeta do Povo - Vida e Cidadania, p.4 - Raphael Marchiori - 01/09/12]
 
 
Número é justificado por baixa renda familiar, falta de vagas públicas e trabalho infantil 
 
O relatório Todas as Crianças na Escola em 2015 - Iniciativa Global pelas Crianças Fora da Escola aponta que cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes brasileiros entre quatro e 17 anos estão fora da escola. A maior defasagem é na pré-escola e no ensino médio. Entre as crianças de quatro e cinco anos, o número chega a 1,4 milhão, número próximo ao 1,5 milhão de adolescentes entre 15 e 17 anos que não estudam. A renda influencia diretamente o acesso à educação: enquanto 32% das crianças de famílias que têm renda per capita de até R$155 não frequentam a escola, apenas 6,9% das oriundas de núcleos familiares com renda superior a dois salários mínimos estão na mesma situação. O número de vagas na rede pública para a pré-escola é escasso e apenas as famílias com renda maior podem pagar uma escola particular. O relatório mostra também que 648 mil crianças e jovens de cinco a 14 anos (1,3% dessa população) trabalham, problema considerado pela Unicef como uma "causa significativa" do abandono escolar.
[Gazeta do Povo - Vida e Cidadania, p.8 - 01/09/12]
 

 
Esta é uma publicação semanal com o resumo das principais matérias sobre infância e adolescência publicadas  nos jornais Folha de Londrina, Gazeta do Povo, Jornal da Manhã, O Paraná e Tribuna do Paraná.
 
Equipe Infância na Mídia: Douglas Moreira, Vanessa de Paula Machado, Ariene Rodrigues e Vinícius Torresan.
 

 

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